Esta coluna é um espólio do blog Enketes Blog Show, falecido há uns cinco anos. Nele escrevíamos enquetes – claro, principalmente – mas falácias e estórias de um modo geral. Um dos meus primeiros textos versava sobre a velha e boa sexta-feira. Explico:
Meu primeiro emprego foi em uma rádio local. Meu pai trabalhava lá e eu, de vez em quando, ia lá de curioso saber como é a vida de uma emissora radiofônica. O mundo mudou para mim naquele momento. Saber que de um quadrado abarrotado de fios e discos (sim, amigos, haviam discos!) e prateleiras com os comerciais gravados e um microfone, poderia ser ouvido em receptor, foi fantástico!
Fiquei fascinado por rádio e até hoje ainda sou. Mas gosto de rádio. No sentido romântico da palavra. Não dessa merda, digo, desse lixo de hoje em dia. Mas isso é papo para outro dia. O fato é que, de tanto eu ir lá e encher o saco, me contrataram e me ensinaram a pilotar aquela máquina.
Pensa no doce na mão de uma criança. Gorda. Obesa mórbida. Que ficou doze dias sem comer uma gelatina. Pois bem. Era eu.
A verdade é que eu era o melhor sonoplasta daquela rádio, modéstia à parte. Papo para outro dia também. O ponto que eu quero focar é que neste meu primeiro emprego, eu trabalhava somente nos finais de semana, e vez ou outra, quebrava o galho de alguém durante a semana. Ou seja, não sabia o que era trabalho “segunda a sexta-feira”. Mesmo porque eu estudava.
Depois disso, trabalhei por um tempo numa agência de propaganda. Assessoria de imprensa e tal. Lá eu já descobri o valor do “Oi, tudo bem e você?”. Papo para outro dia também.
Mas depois eu fui contratado por um escritório de contabilidade. Apaixonei-me pela área, tanto que estou nela até hoje. Foi lá que eu entrei no mundinho glamouroso da vida corporativa. Foi lá que minhas melhores ideias nasceram. Foi lá que percebi o valor das relações humanas, principalmente, dentro do mundinho corporativo. Fui lá que percebi que segunda-feira é realmente o dia internacional pé-no-saco e, sextas-feiras, é a consagração-mor-da-divina-providência. Nem na época de escola eu gostei tanto de uma sexta-feira, quanto na época de escritório.
E percebi o valor de uma cervejada. Daquelas de sexta-feira, sabe? Após o expediente. Com direito a espetinho e uns goles de catuaba.
Que ar misterioso tem a sexta-feira? Que prazer inexorável tem o happy hour?
(a) Ninguém entendeu porra nenhuma do que você escreveu, Raphael. É pra eu responder essa enquete aonde? Nos comentários? Ta bom, vai...
(b) O prazer da sexta-feira está justamente no final do expediente. Quando você pega aquela loira gelada, leva-a para o motel, esquenta e depois a entrega para o marido dela.
(c) Eu gosto das sextas-feiras porque é dia do Globo Repórter
(d) Sexta-feira? Mas esse não um site sobre sexo selvagem de orgias de anões albinos e lhamas guatemaltecas?
(e) Eu já gostei mais das sextas-feiras. Agora que eu sou amante do Eike Batista, todos os dias são agradáveis. Agradáaaaveis.
huaahuaha amante do Eike....
ResponderExcluirHAUHAUAHUAHUAHAUHAUH Opção A
ResponderExcluir(a)
ResponderExcluirE fiquei super curiosa para saber as outras historias :)